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Kassia Borges

06 setembro 2009

VAGAR

O grito não tem som.
O som não tem volume.
O volume não tem tom.
O tom não tem luz.
O vagalume não tem corneta.
A corneta é fina como essa caneta.
A caneta não escreve mais.
A folha de papel não tem mais celulose.
O mais ficou menos.
O menos sumi.
Alguém parti.
E fica assim,
sem nenhum sim.
Só o não persiste.
Quem resiste?
As mangas de chuva secam
o bagaço
no melaço de sangue.
O mangue só tem lama
e escorre na regra vermelha dos meus pensamentos desconexos, pregressos nos congressos de meus olhos vazios.
Vazios de azul.
Cadê o azul?
Esta nas nuvens escuras de todos os nãos que recebi e os comi todos. Depois vomitei e regurgitei na freiada brusca que quase me mata. Não me morra, não me mate. Me deixe viver sem o corte. Pare de me espancar doença maldita. Saia logo, me rasgue e vá embora que eu vou tentar me costurar como patchwork, nessa ventania de sangria de vinho como o sangue do senhor, AMEM.

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