Minha casa tem palmeiras onde canta o sabiá.
Meu jardim tem flores translúcidas que eu já sabia.
Meu sonho é florestal com uma cor sadia.
Minha lua cheia entra pela janela como um dia.
Meu lado mulher contorce e não se azia.
Minha mão se movimenta como numa rodovia.
Meu suor sai pelos poros como gozo que não se adia.
Minha boca ainda é muito macia.
Meus lábios são suculentos como uma melancia.
Minhas pernas se lembram do que eu esquecia.
Meu corpo não se esquece e não me policia.
Minha conta me lembra de como eu repartia.
Meu intervalo me esparrama, minhas pernas se abrem e não sou fria.
Pena que não sei fazer poesia.
Um comentário:
dia após dia
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