Quem não é mãe nunca poderá entender a dinvindade que isso significa. Tudo fica mais belo, as rosas ficam mais coloridas, os dias mais floridos, o sol mais amarelo, a lua fica sempre cheia, o pôr-do-sol mais lilás e as noites mais estreladas. Gerar um filho é estar mais próxima de Deus. É estar "numsócorpo", deus das fusões do gozo, corpo e carne de Deus, elo de sangue e terra. É curar a dor de existir e pincelar a tela em branco ou escrever a primeira palavra no papel em branco. Ser mãe é criar poesia visual, tátil e sonora. É fotografia em movimento. Parir um ser, criar, ter, crescer é poder se superar como num ritual xamânico, romântico e tântrico. Lugar de ligação entre o céu e a terra. Som e imagem, é a coragem de estar aqui e ali ao mesmo tempo. Tempo de primavera, verão, outono e inverno. Ciclos que se completam num domigo as 7 da manha no dia dos pássaros. Vinte e nove anos se passaram, mas ainda me sinto a mesma , como naquela manhã de 5 de outubro de 1980. Tinha que ser você DEUS Caiapó. Ar dos ervais. Libriana. Amiga. Filha e uma fila de predicados que quase saturam minha íris de cor e luz. Você é a minha luz. Parabéns por hoje e sempre em nosso ventre Jesus.
Um comentário:
amém...
também tentei lembrar desse dia, nessa madrugada, assistindo a Frankstein, fiz esforço, nao consegui. o máximo foi um soprar de velas num possível 82...
mas de lembrança e ficção a gente vai vivendo, querendo viver o que é bonito...
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